quinta-feira, 7 de abril de 2016

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016
TEMA EIXO: ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO.

“O velho mundo agoniza e o novo mundo tarda a nascer e,
nesse claro-escuro, irrompem os monstros”
A. Gramsci

O nosso percorrer as ruas em defesa da vida em liberdade no formato de “escola de samba” começou em 1997. O impasse entre o ser ou não ser um carnaval levou à solução de que esse evento é uma manifestação do pensamento livre e crítico sobre os desmandos do poder. Já naquele ano convocamos as pessoas para cantar e encantar BH e desde então encantar, desfilar, organizar, comemorar, batucar, encontrar, abraçar, resistir, inspirar, sonhar, apostar, enlaçar, denunciar, politizar, contextualizar, pensar, ousar, delirar e criar, viraram palavras da ação conjugadas por muitos no tempo passado, no presente do tempo e no futuro.
A Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam reafirma e sustenta o que traz em sua bandeira e não negocia os valores e princípios inscritos em seu nome. Por ser diversa da ditadura e das certezas prontas, por desvairar e ser livre, ela baliza, sustenta e aponta o colorido da vida produzido pela inventividade para revolucionar o morno acinzentado do cotidiano de uma cidade, de um serviço, de uma prática. Nesse Dezoito de Maio 2016 a Liberdade Ainda que Tam Tam traz o enredo “ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO” que convoca a leveza e o reposturamento ante a aridez desse tempo agora. Cada ala traz em sua proposta a reinvenção reflexiva sobre outros fazeres não tecnocratas...
Dito isso, a infância será o tempo do brincar, do experimentar, do criar e ser criança vaticina: “Não me prenda em seus trilhos....”. Outro ponto nessa construção é o convite à revisão das formas de tratar que não sustentam a radical idade do cuidar em liberdade e a frase que anuncia a necessidade de “mais serviços e menos grades” explicita a ética que nos orienta. Dando outro laço nessa tessitura aparece na afirmação de que desalienar é preciso e então revisitar a história para frear teorias e conceitos do tempo em que as luzes ofuscavam o saber da loucura sobre si mesma. Os desalienistas trabalham na criação de outras formas de linguagem para retomar o diálogo entre razão e loucura onde a ação de delirar a liberdade possa ser uma saída para passar a dor e para caber o amor em uma sociedade sem silencius.
A manifestação do Dezoito 2016 apresenta esse valente coletivo nesse ousado desfile diante dos curingas que assombram nossa sociedade, diante dos inimigos da liberdade no poder,
os “fantasmas de Gothan”. Nesta cena, Dom Quixote e os errantes enlaçam o nosso desejo de ocupar corajosamente a cena pública, as ruas e praças, nossos lugares de direito para um grito que expresse nossa indignação, nossa saudade nosso amor e compromisso de seguirmos em frente. Com a força da insígnia que nos anima a nossa homenagem ao doce, bárbaro e instigante guerreiro antimanicomial.
Por uma Sociedade sem manicômios!
Marcus Vinícius Presente, Agora e Sempre!

Este ano, a Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tan Tan evoluíra com as seguintes alas:

ALA 1 – OS DESALIENISTAS DA RESISTÊNCIA
Em 1881, o escritor brasileiro Machado de Assis publica o livro “O Alienista”. Tal livro nos conta a história de um médico, doutor Simão Bacamarte, que decidido a estudar profundamente a loucura, começa a trancar no hospício “Casa Verde” a maioria da população da pequena cidade de Itaguaí por não se enquadrar dentro da dita normalidade, dentro dos valores da ciência e da razão. Os diagnósticos do médico, bem como sua conduta causam espanto, medo e repúdio.
Cansados de tanto autoritarismo, esses cidadãos decidem fazer uma revolta contra os abusos do doutor que ainda consegue reverter a situação em seu favor e convencê-los, através de sua fala sempre complexa e apoiada em conceitos e teorias científicas, de que estava correto. Quando Simão Bacamarte percebe que a maior parte da cidade se encontrava internada no hospício Casa Verde, ele tranca a si mesmo para reunir em sua pessoa a teoria e prática nos estudos da loucura.
Machado de Assis, ao escrever esse livro, questiona os valores científicos do século passado que chegaram ao Brasil, ironiza a fala dos cientistas que, por vezes apenas repetem teorias e conceitos e crítica o desconhecimento da população diante da ciência e da loucura. O alienista de Machado de Assis é, portanto, um alienado, pois se deixou ofuscar pelas luzes do seu tempo. Os homens da ciência adotaram, muitas vezes, posturas exageradamente científicas, mas também demasiadamente desumanas. A história nos mostra que em nome da ciência e da razão a humanidade produziu grandes atrocidades como os experimentos com bebês nos campos de concentração alemães durante o nazismo e as bombas químicas nas Guerras do Vietnã. No Brasil, a racionalidade e a ciência também geraram tristes eventos que nos fazem envergonhar. A Casa Verde de Machado de Assis foi materializada nos diversos manicômios que retiraram e ainda retiram a liberdade de milhões de brasileiros ao longo da nossa história, como por exemplo o Hospital Colônia, em Barbacena e a Casa de Saúde Doutor Eiras, em Paracambi, no Rio de Janeiro.
No entanto, se por um lado houveram muitos alienistas mergulhados na teoria de que trancar era a suposta solução para a loucura, houveram, por outro lado, muitos desalienistas que praticando uma resistência ora silenciosa e ora ruidosa, construíram pouco a pouco a liberdade que tanto nos orgulha hoje. Não foram apenas Franco Basaglia, Cezar Rodrigues Campos, Marcus Vinicius Oliveira Silva, Nise da Silveira, que sonharam com a liberdade, mas milhares de mulheres e homens anônimos que, de modo tácito, forçaram
as grades do manicômio para que hoje possamos ter uma política de saúde mental baseada na liberdade e na dignidade do cidadão com sofrimento mental. Os serviços como os CERSAM/CAPS, Centros de Convivência, Consultório de Rua, SRTs, não nos lembram da Casa Verde de Simão Bacamarte, mas nos projetam em direção à delicadeza, beleza e alegria.
Porém, vemos nesse início de século que os alienistas batem à porta com novas roupas e novos discursos. O novo coordenador nacional de saúde mental é um desses alienistas que apenas repetem teorias, financiam novas Casas Verdes e desconsideram a autonomia do cidadão com sofrimento mental no seu tratamento. Resistir é preciso! Não mais aceitaremos falas, atitudes e condutas manicomiais na saúde. Nenhum passo atrás! Assim como a pequena cidade de Itaguaí se revoltou contra o Alienista e sua Casa Verde, nossa cidade também se organiza para resistir contra as atrocidades da ciência e sua arbitrariedade, contra os retrocessos que estão acontecendo na gestão municipal de BH. Mas, como nossa história não é fruto de uma ficção, não nos deixemos seduzir pelas falas rebuscadas da razão. A história dos desalienistas de ontem nos inspiram para a reação de hoje. Os desalienistas do século XXI estão há quase 4 meses ocupando o Ministério da Saúde, para que a palavra liberdade não seja apenas uma utopia. Os desalienistas de hoje (usuários e trabalhadores) fecharam o último hospital psiquiátrico conveniado com o SUS no dia 01/03/16, dando fim a mais um vestígio de manicômio em Belo Horizonte. Os desalienistas do nosso tempo estão nos serviços tecendo cotidianamente uma política alicerçada no cuidado. Nós, os desalienistas da resistência, faremos, no Dia da Luta Antimanicomial, um carnaval louco e livre!
ALA 2 – MINHA LOUCURA VEM DE BERCO: POR UMA SOCIEDADE SEM SILENCIUS
Acreditar na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca
Nos bata o açoite contínuo da noite
Arrebentar a corrente que envolve o amanhã
Todo esse tempo foi igual a dormir no navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento...

A tradicional ala dos delírios no nosso Dezoito de Maio é esperada como o momento transbordante da manifestação e ao longo dos anos ela tem dado conta do que lhe é confiado: delirar ao vivo nas cores e efeitos propostos nas fantasias e adereços. Colocado o desafio, aceitamos a invenção para arriscar a expressão do genuíno, do singular na multidão de não iguais, diversidade da roda. Para ser o possível na diferença e viver a diferença em tempos de pasteurização para manter todos iguais, as perfeitas fotocópia estereotipada da vida, do pensamento, das vontades, do amor e das consciências.

Pensar o tempo das classificações sobrepostas onde não cabe o desejo e a humanidade expostos e a impossibilidade das curvas do diverso e do pensamento que se mantém detido dentro das caixas. Ao pensar fora da caixa afirmamos que fazer saúde não se resume a procedimentos e que a clínica se dá entre o ouvido e a palavra nas entrelinhas do óbvio, que ela está no sensível onde a técnica é apenas o suporte.
Aqui e em todo o desfile o convite à invenção, o convite ao palavrear traços em tons melódicos e a mergulhar em cores as sensações vividas para decifrar o sentido da experiência de existir.
Palavrear as flores, nomear as sombras para atravessar a poesia em versos que se dão no riso, no gesto, na dança da luta pela liberdade. Delirar é uma saída para passar a dor e para caber o amor. Delirar um mundo outro que se faça presente em cada medida justa, em cada escolha, em cada ato estético e em cada movimento que produza o novo e de novo outro movimento que ascenda nossa esperança.
Fantasias, samba, mestres e rainhas, princesas e baterias, adereços e estandartes são os suportes para a materialização de como se imagina o inimaginável.
ALA 3 – NÃO ME PRENDA EM SEUS TRILHOS QUE SOU PASSARINHO...
Nós passarinhos... Nem sempre é assim, muitas crianças e adolescentes estão engaioladas por normas, preconceitos e conceitos cujo foco é o controle de comportamento, a normatização do cotidiano, a medicalização da infância.
Estão presos também por terem cometido atos infracionais. Na maioria das vezes, atos de desespero, gritos de socorro. E não raro, são as vítimas do abandono, que não encontraram no mundo da infância um cantinho de afeto, um quarto de brinquedos.
Muitos também presos por encontrarem nas drogas, uma possibilidade de sonhar, de algum pertencimento ou alívio...
Talvez, por isso, uma Política para esse tempo passarinho. Uma Política para lhes instigar o vôo, do direito à infância, da busca de identidades e de afirmações no mundo. Uma Política de restituição da plumagem, que possibilite transformá-los em atores sociais e políticos, ocupantes de um lugar no mundo, capazes de dar expressão a seus desejos e escolhas.
Uma Política para que tenham plumas e cantos, para que se defrontem com o abismo e saibam voar, e para que produzam os amanhãs reinventando, sempre...
Por isso, é preciso combater os falsos propósitos de segurança, as tentativas de por a vida em trilhos, como se a proteção fosse o cercear-lhes a diversidade, as descobertas, as fantasias , a utopia.
Não interessa pássaro sem canto ou que cante a canção única incapaz de produzir algum alvorecer. Interessam o brilho e o vôo livre de cada um, cantos que auspiciam o amanhã, que façam história.
ALA 4 – MAIS SERVIÇOS PARA VOAR, MENOS GRADES PARA TRANCAR
Nada a temer senão o correr da luta...
Em contra ponto às escolhas dos sujeitos, que muitas vezes são rechaçadas e mal vistas pela sociedade, percebe-se a delicadeza tão bem trabalhada, bordada e tecida com mínimos detalhes pela rede de assistência aos usuários de álcool e outras drogas nos serviços substitutivos. “Por tanto amor” o cuidado é pensado de maneira individualizada, para cada pessoa. Mesmo com todos os percalços do caminho desta clínica, nossa oferta para o sujeito é a escuta acolhedora que poderá norteá-lo ao encontro de si mesmo, pois se “a vida me fez assim, doce ou atroz, manso ou feroz” podemos nos fazer o convite para pensarmos coletivamente sobre o que é possível de ser construído para que o sujeito tenha a possibilidade de escolha e ele seja o protagonista de sua história, assim como nos diz o poeta, que ele seja o “Eu, caçador de mim”.
Prender? Somente em canções entregue a paixões que nunca terão fim, vou me encontrar no meu lugar, onde os desejos dos sujeitos são respeitados, onde tenhamos menos grades para trancar e mais serviços para onde eu possa me encontrar dentro do meu lugar.
Infelizmente, neste momento temos a temer o retrocesso, mas este não será bem vindo pois “temos muito a fazer” para avançar em nossa luta antimanicomial, em defesa da reforma psiquiátrica, pois “Eles passarão.. Nós Passarinho”. Abriremos o peito com orgulho para levantar na avenida nossa bandeira da liberdade, dos avanços que tanto sonhamos, afinal somos um coletivo unido, alegre e capaz de fugir das armadilhas da mata escura para sustentar nosso desejo de construir uma cidade onde todos possam ter seu direito respeitado.
Longe? Já fomos... Mas queremos avançar cada vez mais. Sonhamos e lutamos demais, quando lá atrás decidimos que tratar em liberdade era necessário. A ousadia faz parte, por isso aflora nosso desejo de assim como os passarinhos voar além do horizonte, e dessa maneira descobrir “O que me faz sentir eu, caçador de mim”, a política de redução de danos é a nossa política, ética e estética que valoriza e empodera o sujeito para que ele possa sustentar o seu desejo e sua escolha de vida. E, em nome de tudo que defendemos, que acreditamos, não temeremos nunca a não ser “o correr da luta”! A resistência que sempre foi uma marca de nosso movimento, persiste e nos fortalece coletivamente em defesa da luta antimanicomial, da luta antiproibicionista, da reforma psiquiátrica e do sujeito deveres e direitos. Que a avenida receba nossa alegria e delicadeza de cada dia...
(Citações da Música “Caçador de Mim” de Milton Nascimento)


ALA 5 – DOM QUIXOTE DE LOS ERRANTES

O desejo latente de Chapolin Colorado: “E agora, quem poderá nos defender?” é evocado pela ala dos super­heróis no desfile do Dezoito de Maio de 2016. Passado como passarinhos em outrora, nas comemoracões da luta antimanicomial, a batalha nos últimos anos do idealizador Juliano “Batman” se desplatoniza e vira realidade­fantástica: “Todo mundo gosta de heróis! E em tempos de crise, o Brasil precisava de vários heróis” PRESENTES, ocupando
valente(mente) a cidade, a realidade e a imagem de nossa ação no Dezoito de Maio desse ano.

O brado retumbante de Juliano vem sustentado pela clava forte de seu Capitão Brasil e sua Pátria Amada, e claro o Batman, a Mulher Gato dentre o vasto imaginário de heróis que nos rodeia, Super­homens, Mulheres Maravilhas, arquétipos e deidades que cumprem animada(mente) o papel simbólico e performático de nossa luta. Nesse exército se juntam heróis de várias vertentes, desde emblemáticas figuras das histórias em quadrinhos, passando pelos conhecidos “loucos” da história, Vicent Van Gogh, Francisco Goya, Camille Claudel, Antonin Artaud, Bispo do Rosário, Estamira e os usuários dos serviços, como o Homem Verde do Barreiro, a outros heróis da nossa luta, trabalhadores que passaram, como Cezar Campos e Matraga e os passarinhos do cotidiano, como os técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, os monitores. Junto aos grandes pensadores Michael Foucault, Sigmund Freud, Franco Basaglia, Nise da Silveira... Dom Quixote! O grande louco da literatura, que fez de seus delírios, derivados de uma experiência estética, uma romântica e heróica errância, em SER ERRANTE na convivência corajosa de tornar sua fantasia uma realidade. Totem poético de nossos enfrentamentos e aflições, desventuras e VALENTES aventuras, errantes na luta contra os erros que violam nossa liberdade. Diante de coringas que assombram nossa sociedade, inimigos no poder, fantasmas de Gotham, Brasília e Belo Horizonte's Cities. “NOSSOS HERÓIS NÃO VÃO MORRER DE OVER­DOSE! Queremos essa IDEOLOGIA para viver”.

ALA 2 – MINHA LOUCURA VEM DE BERCO: POR UMA SOCIEDADE SEM SILENCIUS
ALA 3 – NÃO ME PRENDA EM SEUS TRILHOS QUE SOU PASSARINHO...
ALA 4 – MAIS SERVIÇOS PARA VOAR, MENOS GRADES PARA TRANCAR

ALA 5 – DOM QUIXOTE DE LOS ERRANTES

ALA 6 – VALENTES OCUPAM: MARCUS VINÍCIUS, PRESENTE!

A civilização representada por fuzis, colheitadeiras, motosserras, terno e paletó mais cedo ou mais tarde terá de mudar, afirma o jornalista Leonardo Sakamoto ao questionar os modelos de desenvolvimento e as formas de fazer política.
Nos últimos anos temos presenciado um fenômeno no campo político e social jamais visto: com a força de um tsunami, uma onda de manifestações e protestos invadiu o mundo. As ocupações, de praças, cidades, ruas, prédios, latifúndios, empresas, impuseram-se como a
mais desafiadora ação de repúdio à desigualdade econômica e crítica à pseudo democracia construída pelo capitalismo.
Aqui, no Brasil, as ocupações que aconteceram, seja as do Movimento Passe Livre ou as dos estudantes secundaristas de São Paulo, serviram, como um rastilho de pólvora, para a Ocupação Fora Valencius, na sala da coordenação nacional de saúde mental, no prédio do Ministério da Saúde, cuja pauta anuncia-se extremamente precisa: a defesa incondicional do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.
A luta por garantir aos loucos, aos drogados, aos pobres, aos negros, aos indígenas, aos ciganos, aos homossexuais, direitos de cidadãos, encontra empecilhos não apenas nas questões econômicas, culturais e políticas, mas na falta de sensibilidade e delicadeza de homens e mulheres que insistem em dizer que existem pessoas de segunda classe, que a dignidade humana não é universal e não pertence a todos. Por isso, seremos sempre valentes, ocupando aqui, neste país, lugares onde possamos fazer soar as nossas vozes e demonstrar para os insensíveis ditadores da lógica da razão, que existimos e que não vamos nos curvar diante dos obstáculos a nós impostos.
“Um mapa do mundo que não inclua Utopia não merece ser olhado, já que deixa de fora o único país no qual a humanidade está sempre desembarcando”, escreveu Oscar Wilde.
Timoneiros desse interminável desembarque, algumas pessoas, grandes companheiros, merecem nossa lembrança e agradecimento. Ao guardião de nossos festejos na cidade, protegendo-nos com seu olhar atento e carinhoso desde nossas primeiras ocupações das ruas centrais de BH, com o desfile da Escola de Samba Liberdade Ainda que Tan Tan: Carlos Campos, Presente! Ao audaz desbravador de caminhos, construtor de idéias e práticas que fundaram uma nova psicologia no Brasil, artífice fundamental na construção de uma sociedade sem manicômios, você, Marcus Vinícius, que se fará sempre presente e que nos disse/ensinou uma certa vez: “Os homens são animais de rebanho. Não serei ovelha”. Marcus Vinícius, Presente!

COMISSÃO ORGANIZADORA DO 18 DE MAIO 2016 – ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO

DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016


DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL - 18 DE MAIO 2016
TEMA EIXO: ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO.

“O velho mundo agoniza e o novo mundo tarda a nascer e, 
nesse claro-escuro, irrompem os monstros” 
A. Gramsci

O nosso percorrer as ruas em defesa da vida em liberdade no formato de “escola de samba” começou em 1997.  O impasse entre o ser ou não ser um carnaval levou à solução de que esse evento é uma manifestação do pensamento livre e crítico sobre os desmandos do poder. Já naquele ano convocamos as pessoas para cantar e encantar BH e desde então encantar, desfilar, organizar, comemorar, batucar, encontrar, abraçar, resistir, inspirar, sonhar, apostar, enlaçar, denunciar, politizar, contextualizar, pensar, ousar, delirar e criar, viraram palavras da ação conjugadas por muitos no tempo passado, no presente do tempo e no futuro.
A Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam reafirma  e sustenta o que traz em sua bandeira e não negocia os valores e princípios inscritos em seu nome. Por ser diversa da ditadura e das certezas prontas, por desvairar e ser livre, ela baliza, sustenta e aponta o colorido da vida produzido pela inventividade para revolucionar o morno acinzentado do cotidiano de uma cidade, de um serviço, de uma prática. Nesse Dezoito de Maio 2016 a Liberdade Ainda que Tam Tam traz o enredo “ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO” que  convoca  a leveza  e o  reposturamento ante a aridez desse tempo agora. Cada ala traz em sua proposta a reinvenção reflexiva sobre outros fazeres não tecnocratas...
Dito isso, a infância será o tempo do brincar, do experimentar, do criar e ser criança vaticina: “Não me prenda em seus trilhos....”. Outro ponto nessa construção é o convite à revisão das formas de tratar que não sustentam a radical idade do cuidar em liberdade e a frase que anuncia a necessidade de “mais serviços e menos grades” explicita a ética que nos orienta. Dando outro laço nessa tessitura aparece na afirmação de que desalienar é preciso e então revisitar a história para frear teorias e conceitos do tempo em que as luzes ofuscavam o saber da loucura sobre si mesma. Os desalienistas trabalham na criação de outras formas de linguagem para retomar o diálogo  entre razão e loucura onde a ação de delirar a liberdade  possa  ser uma saída para passar a dor e para caber o amor em uma sociedade sem silencius.
A manifestação do Dezoito 2016 apresenta esse valente coletivo nesse ousado desfile diante dos curingas que assombram nossa sociedade, diante dos inimigos da liberdade no poder, os “fantasmas de Gothan”. Nesta cena, Dom Quixote e os errantes enlaçam o nosso desejo de ocupar corajosamente a cena pública, as ruas e praças, nossos lugares de direito para um grito  que expresse nossa indignação, nossa saudade  nosso amor e compromisso de seguirmos em frente. Com a força da insígnia que nos anima a nossa homenagem ao doce, bárbaro e instigante guerreiro antimanicomial.
Por uma Sociedade sem manicômios!
Marcus Vinícius Presente, Agora e Sempre!

Nota para Imprensa

Nota para Imprensa

Eles Passarão, Nós Passarinho
Há 19 anos, no 18 de MAIO, Dia da Luta Antimanicomial, as ruas do centro de Belo Horizonte se transformam em passarela para o desfile/manifestação da Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam, composta por usuários, familiares, trabalhadores e simpatizantes da saúde mental e Por Uma Sociedade Sem Manicômios. 
Embalados pelo enredo de 2016 "Eles Passarão, Nós Passarinho" será realizado o concurso do samba de enredo, casal de mestre sala e porta bandeira, rainha, princesa e princeso da bateria.
          Dia 16 de abril, das 9 às 12 horas, no Parque Guilherme Laje, Bairro São Paulo, Belo Horizonte

TEMA: ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO.
 Alas: 1 - Os Desalienistas da Resistencia
          2 – Minha Loucura Vem de Berço: Por Uma Sociedade Sem Silencius
          3 – Não Me Prenda Em Seus Trilhos Que Eu Sou Passarinho...
          4 –  Mais Serviços Para Voar, Menos Grades Para Trancar
          5 – Dom Quixote De Los Errantes
          6 – Valentes Ocupam : Marcus Vinícius, Presente!

Contato com a imprensa: 
Marta Soares: 993055970

José Guilherme Castro: 998123338

quinta-feira, 31 de março de 2016

18 de Maio - EDITAL/CONVITE

EDITAL/CONVITE
ESCOLHA SAMBA ENREDO, CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA,
RAINHA, PRINCÍPE E PRINCESA DE BATERIA
Prezados,
A Comissão organizadora do concurso de samba enredo para o Dezoito de Maio de 2015, no cumprimento de suas atribuições informa que o evento para a escolha do samba enredo, o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Rainha, Príncipe e Princesa da Bateria para manifestação do Dezoito de Maio 2016 será no dia 16 de abril, a partir das 09hs da manhã.
Local: Parque Professor Guilherme Laje, Rua Angola 665, bairro São Paulo- Belo Horizonte.
Dezoito de Maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Tema 2016: Eles passarão, Nós passarinho!
 Concurso do Samba de Enredo
 Concurso da Rainha da Bateria, Princesa e Príncipe
 Mestre Sala e Porta Bandeira
Samba Enredo
DAS INSCRIÇÕES:
A data limite para a entrega dos sambas concorrentes será dia 08 de Abril de 2016, no período de 14:00 às 18:00hs, na sede do CRP - Conselho Regional de Psicologia- Rua Timbiras, 1.532- 6º andar, Belo Horizonte.
O material produzido (música e letra) deverá estar gravado em arquivo digital junto com 2 cópias da letra impressa. A letra também deverá ser encaminhada em arquivo tipo Word
(.doc) para o e-mail do Fórum Mineiro de Saúde Mental
(forummineirodesaudemental@gmail.com). Cada serviço/participante deverá informar se a música proposta pelo mesmo será apresentada no dia do concurso pelo autor/parceiros
com arranjo/acompanhamento próprios ou realizados pelo arranjador/músico contratado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM).
DA PRÉ-SELEÇÃO:
Havendo mais de 08 composições inscritas, será realizada a pré-seleção dia 08/04/2015 na sede do CRP – Conselho Regional de Psicologia, pela comissão que tomará como referência a letra do samba e sua coerência com o tema proposto.
DA SELEÇÃO:
A escolha do samba será realizada por uma comissão de jurados composta por 4 quatro artistas e/ou produtores culturais da cidade e por um representante do Fórum Mineiro de Saúde Mental.
Critérios Para Escolha Do Samba:
Os sambas serão avaliados pela comissão de jurados acima descrita que se orientará pelos seguintes critérios:
1º - A letra que trate do tema proposto com originalidade
2º - Melodia
3º - Harmonia
4º - Aclamação popular (o samba que mais contagiar o público)
Após a apuração e fechamento das notas finais, o samba que obtiver o maior número de pontos desfilará na avenida como o eleito 2016.
O critério de desempate será o de n° 4 (Aclamação popular - o samba que mais contagiar o público), quem obtiver a maior nota neste quesito.
Rainha de Bateria, Princesa e Príncipe
DAS INSCRIÇÕES:
Caso haja mais de um(a) candidato(a) por categoria em cada serviço, este deverá fazer uma pré-seleção interna e inscrever somente um (a) candidato(a);
A entrega dos nomes dos candidatos poderá ser feita por e-mail para a comissão do samba até o dia 13 de abril de 2016, através do e-mail : forummineirodesaudemental@gmail.com
Sugere-se o investimento no figurino de seus/suas candidatos(as) para apresentação no concurso.
Critérios a serem observados:
O (a)s candidato (a)s serão avaliado (a)s pela mesma comissão que escolherá o samba. Os jurados seguirão o seguinte roteiro de avaliação:
1º - Apresentação verbal (nome e serviço) e uma frase referente á luta antimanicomial;
2º - Evolução (ocupação do espaço, performance, técnica e presença cênica); 3º - Samba no pé.
Observação: O (a)s candidato (a)s menores de 16 anos concorrerão a Princesa e Príncipe da
Bateria e as maiores de 16 anos concorrerão a Rainha da Bateria, ainda que sejam dos serviços infanto-juvenis; A apresentação dos candidatos a Princesa e Príncipe serão coletivos com as devidas identificações.
Serão eleitos o (a)s candidato(a)s que obtiverem a maior pontuação.
Caso prevaleça o empate, a decisão será por aclamação do público.
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
DAS INSCRIÇÕES:
Caso haja mais de um(a) candidato(a) por categoria em cada serviço, este deverá fazer uma pré-seleção interna e inscrever somente um (a) candidato(a);
A entrega dos nomes dos candidatos poderá ser feita por e-mail para a comissão do samba até o dia 13 de abril de 2016, através do e-mail: forummineirodesaudemental@gmail.com
REITERAMOS a sugestão de investimento no figurino de seus/suas candidatos (as) para apresentação no concurso.
DA SELEÇÃO:
A escolha do casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira será realizada pela comissão de jurados acima descrita.
Critérios a serem observados:
Os candidatos serão avaliados pela mesma comissão de jurados que escolherá o samba. Estes seguirão o seguinte roteiro de avaliação:
1º - Melhor apresentação do Pavilhão (apresentação da bandeira, presença, ocupação do espaço, samba no pé);
2º - Simpatia;
3º - Harmonia do casal.
Será eleito o casal que obtiver o maior número de pontos.
Caso haja empate, o critério de desempate será o de nº 1 (melhor apresentação do Pavilhão - apresentação da bandeira, presença, ocupação do espaço, samba no pé), aquele que obtiver maior nota neste critério;
Caso prevaleça o empate, a decisão será por aclamação do público.
DAS PREMIAÇÕES:
Cada serviço que inscrever candidatos deverá levar um “mimo” ou presente na mesma quantidade de inscritos daquela unidade. Os presentes serão entregues aos participantes do concurso.
Tradicionalmente, cada serviço ou organização inscrito nas alas, deverá contribuir com R$20,00 (Vinte reais), para a premiação dos vencedores.
Esses valores deverão ser entregues aos coordenadores de alas até o dia 13/04.
Samba escolhido receberá R$500,00
Rainha da Bateria: R$50,00
Princesa de Bateria: R$50,00
Príncipe da Bateria: R$50,00
Mestre-Sala: R$50,00
Porta Bandeira: R$50,00
BRINCANDO COM OS (IM)PREVISTOS:
O que pode acontecer:
 Atraso, encontros
 Muita chuva ou sol com casamento de espanhol
 Problemas técnicos e (ou) sorrisos antimanicomiais
 Perder o bom humor ou ganhar um abraço
 Não perguntou e nem escutou, prevalece a nossa luta por delicadeza.
 O samba escolhido ou o samba que te escolheu.
Atenciosamente,
Comissão Organizadora dos Concursos Dezoito de Maio 2016.
“Eles passarão, Nós passarinho!”
ESCOLHA SAMBA ENREDO, CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA,
RAINHA, PRINCÍPE E PRINCESA DE BATERIA
Prezados,
A Comissão organizadora do concurso de samba enredo para o Dezoito de Maio de 2015, no cumprimento de suas atribuições informa que o evento para a escolha do samba enredo, o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Rainha, Príncipe e Princesa da Bateria para manifestação do Dezoito de Maio 2016 será no dia 16 de abril, a partir das 09hs da manhã.
Local: Parque Professor Guilherme Laje, Rua Angola 665, bairro São Paulo- Belo Horizonte.
Dezoito de Maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Tema 2016: Eles passarão, Nós passarinho!
 Concurso do Samba de Enredo
 Concurso da Rainha da Bateria, Princesa e Príncipe
 Mestre Sala e Porta Bandeira
Samba Enredo
DAS INSCRIÇÕES:
A data limite para a entrega dos sambas concorrentes será dia 08 de Abril de 2016, no período de 14:00 às 18:00hs, na sede do CRP - Conselho Regional de Psicologia- Rua Timbiras, 1.532- 6º andar, Belo Horizonte.
O material produzido (música e letra) deverá estar gravado em arquivo digital junto com 2 cópias da letra impressa. A letra também deverá ser encaminhada em arquivo tipo Word
(.doc) para o e-mail do Fórum Mineiro de Saúde Mental
(forummineirodesaudemental@gmail.com). Cada serviço/participante deverá informar se a música proposta pelo mesmo será apresentada no dia do concurso pelo autor/parceiros
com arranjo/acompanhamento próprios ou realizados pelo arranjador/músico contratado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM).
DA PRÉ-SELEÇÃO:
Havendo mais de 08 composições inscritas, será realizada a pré-seleção dia 08/04/2015 na sede do CRP – Conselho Regional de Psicologia, pela comissão que tomará como referência a letra do samba e sua coerência com o tema proposto.
DA SELEÇÃO:
A escolha do samba será realizada por uma comissão de jurados composta por 4 quatro artistas e/ou produtores culturais da cidade e por um representante do Fórum Mineiro de Saúde Mental.
Critérios Para Escolha Do Samba:
Os sambas serão avaliados pela comissão de jurados acima descrita que se orientará pelos seguintes critérios:
1º - A letra que trate do tema proposto com originalidade
2º - Melodia
3º - Harmonia
4º - Aclamação popular (o samba que mais contagiar o público)
Após a apuração e fechamento das notas finais, o samba que obtiver o maior número de pontos desfilará na avenida como o eleito 2016.
O critério de desempate será o de n° 4 (Aclamação popular - o samba que mais contagiar o público), quem obtiver a maior nota neste quesito.
Rainha de Bateria, Princesa e Príncipe
DAS INSCRIÇÕES:
Caso haja mais de um(a) candidato(a) por categoria em cada serviço, este deverá fazer uma pré-seleção interna e inscrever somente um (a) candidato(a);
A entrega dos nomes dos candidatos poderá ser feita por e-mail para a comissão do samba até o dia 13 de abril de 2016, através do e-mail : forummineirodesaudemental@gmail.com
Sugere-se o investimento no figurino de seus/suas candidatos(as) para apresentação no concurso.
Critérios a serem observados:
O (a)s candidato (a)s serão avaliado (a)s pela mesma comissão que escolherá o samba. Os jurados seguirão o seguinte roteiro de avaliação:
1º - Apresentação verbal (nome e serviço) e uma frase referente á luta antimanicomial;
2º - Evolução (ocupação do espaço, performance, técnica e presença cênica); 3º - Samba no pé.
Observação: O (a)s candidato (a)s menores de 16 anos concorrerão a Princesa e Príncipe da
Bateria e as maiores de 16 anos concorrerão a Rainha da Bateria, ainda que sejam dos serviços infanto-juvenis; A apresentação dos candidatos a Princesa e Príncipe serão coletivos com as devidas identificações.
Serão eleitos o (a)s candidato(a)s que obtiverem a maior pontuação.
Caso prevaleça o empate, a decisão será por aclamação do público.
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira
DAS INSCRIÇÕES:
Caso haja mais de um(a) candidato(a) por categoria em cada serviço, este deverá fazer uma pré-seleção interna e inscrever somente um (a) candidato(a);
A entrega dos nomes dos candidatos poderá ser feita por e-mail para a comissão do samba até o dia 13 de abril de 2016, através do e-mail: forummineirodesaudemental@gmail.com
REITERAMOS a sugestão de investimento no figurino de seus/suas candidatos (as) para apresentação no concurso.
DA SELEÇÃO:
A escolha do casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira será realizada pela comissão de jurados acima descrita.
Critérios a serem observados:
Os candidatos serão avaliados pela mesma comissão de jurados que escolherá o samba. Estes seguirão o seguinte roteiro de avaliação:
1º - Melhor apresentação do Pavilhão (apresentação da bandeira, presença, ocupação do espaço, samba no pé);
2º - Simpatia;
3º - Harmonia do casal.
Será eleito o casal que obtiver o maior número de pontos.
Caso haja empate, o critério de desempate será o de nº 1 (melhor apresentação do Pavilhão - apresentação da bandeira, presença, ocupação do espaço, samba no pé), aquele que obtiver maior nota neste critério;
Caso prevaleça o empate, a decisão será por aclamação do público.
DAS PREMIAÇÕES:
Cada serviço que inscrever candidatos deverá levar um “mimo” ou presente na mesma quantidade de inscritos daquela unidade. Os presentes serão entregues aos participantes do concurso.
Tradicionalmente, cada serviço ou organização inscrito nas alas, deverá contribuir com R$20,00 (Vinte reais), para a premiação dos vencedores.
Esses valores deverão ser entregues aos coordenadores de alas até o dia 13/04.
Samba escolhido receberá R$500,00
Rainha da Bateria: R$50,00
Princesa de Bateria: R$50,00
Príncipe da Bateria: R$50,00
Mestre-Sala: R$50,00
Porta Bandeira: R$50,00
BRINCANDO COM OS (IM)PREVISTOS:
O que pode acontecer:
 Atraso, encontros
 Muita chuva ou sol com casamento de espanhol
 Problemas técnicos e (ou) sorrisos antimanicomiais
 Perder o bom humor ou ganhar um abraço
 Não perguntou e nem escutou, prevalece a nossa luta por delicadeza.
 O samba escolhido ou o samba que te escolheu.
Atenciosamente,
Comissão Organizadora dos Concursos Dezoito de Maio 2016.
“Eles passarão, Nós passarinho!”

ESBOÇO DAS EMENTAS 18 DE MAIO 2016

ESBOÇO DAS EMENTAS 18 DE MAIO 2016



TEMA CENTRAL: ELES PASSARÃO, NÓS PASSARINHO.

“O velho mundo agoniza e o novo mundo tarda a nascer e, nesse claro-escuro irromper os monstros” A. Gramsci.

“Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando.
Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo”
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
A liberdade guardiã
Abraça o dia de amanhã, olha aí

O nosso percorrer as ruas em defesa da vida em liberdade no formato de carnaval começou em 1997 Uma proposta que questiona entre o ser ou não ser um carnaval até que se formule uma manifestação do pensamento livre e crítico sobre os desmandos do poder . Já naquele ano convocamos as pessoas ao cantar para encantar BH e desde então o encantar, desfilar, organizar, comemorar, batucar, encontrar, abraçar, resistir, inspirar, sonhar, apostar, criar, bordar, enlaçar, denunciar, politizar, desfilar, contextualizar, pensar, ousar, viver e delirar viraram palavras da ação conjugadas por muitos no tempo passado, no presente do tempo e no futuro.

Este ano, a Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tan Tan evoluíra com as seguintes alas:

ALA 1 – MINHA LOUCURA VEM DE BERÇO: POR UMA SOCIEDADE SEM SILENCIUS!

Delirar no tempo hoje e delirar no tempo do amanhã se preciso ser.

Acreditar na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca
Nos bata o açoite contínuo da noite
Arrebentar a corrente que envolve o amanhã
Despertar as espadas
Varrer as esfinges das encruzilhadas
Todo esse tempo foi igual a dormir no navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento...

A tradicional ala dos delírios no nosso Dezoito de Maio é esperada como o momento transbordante da manifestação e ao longo dos anos ela tem dado conta do que lhe é confiado: Delirar ao vivo nas cores e efeitos propostos nas fantasias e adereços. E assim, colocado o desafio, topamos a invenção para arriscar a expressão do genuíno, do singular na multidão de não iguais, na roda da diversidade, de ser o possível na diferença. E vivendo a diferença em tempos de pasteurização para manter todos iguais, perfeitos, fotocópia estereotipada da vida, do pensamento, das vontades, do amor e das consciências.

Pensando nosso tempo hoje das classificações sobrepostas onde não cabe o desejo e a humanidade expostos e onde as retas não dançam as curvas do diverso e o pensamento se mantém detido dentro da caixa defendemos que fazer saúde não se resume a procedimentos, que a clínica se dá entre o ouvido e a palavra nas delicadas entrelinhas do dizer o óbvio, que ela está no sensível e não na técnica.

O sair da caixa é o convite à invenção, um convite ao palavrear traços em tons melódicos e mergulhar em cores as sensações vividas decifrando o sentido da experiência de existir.

Palavrear as flores, nomear as sombras para atravessar a poesia em versos que se dão no riso, no gesto, na dança da luta pela liberdade.Delirar é uma saída para passar a dor e para caber o amor. Delirar um mundo outro que se faça presente em cada medida justa, em cada escolha, em cada ato estético e em cada movimento que produza o novo e de novo outro movimento que ascenda nossa esperança.

Fantasias, samba, mestres e rainhas, princesas, cartaz, adereços, estandartes são os suportes para a materialização de como se imagina o inimaginável.

O Dezoito de Maio na capital mineira constrói o traçado vivo do mapa do nosso caminhar as ruas e a cidade na defesa do direito à liberdade, do direito a ter direitos para viver o que sonha, o que pensa e o que delira.


ALA 2 : VALENTES OCUPAM: MARCUS VINÍCIUS, PRESENTE!

Esta Ala trata de uma luta histórica travada por muitos homens e mulheres brasileiros que lutam cotidianamente por um Brasil justo e democrático, o Brasil que queremos.
A ditadura do pensamento liberal impõe que o futuro do país se subordine ao restrito cumprimento das regras determinadas pelos organismos internacionais, para preservar os interesses dos detentores da riqueza financeira, para fazer frente a esta ditadura o primeiro objetivo estratégico é a defesa dos direitos de cidadania, assegurados pela constituição de 1988, no entanto as forças do mercado ameaçam essas conquistas, a saúde mental do nosso país não era diferente da saúde mental das centenas de outros países e desde o momento em que o povo brasileiro saiu do período da Ditadura Militar para construir um país mais justo e igualitário, nós travamos de maneira valente e destemida uma luta pela nossa cidadania e também daqueles que a sociedade insiste em
torna-los invisíveis, as pessoas com transtornos mentais e os usuários em uso abusivo de álcool e outras drogas, ou seja, há 26 anos estamos construindo uma Reforma Psiquiátrica no Brasil visando universalizar a Cidadania Social, criar uma rede de serviços públicos e de qualidade sob os princípios da constituição da República que consagrou as bases de um sistema de proteção inspirado na universalidade da seguridade da cidadania. A luta por transformar os loucos, os drogados, os pobres, os negros, os indígenas, os ciganos, os homossexuais em cidadãos não tem sido fácil, não apenas pelas questões econômicas e políticas, mas pela falta de sensibilidade e delicadeza de homens e mulheres que insistem em dizer que existem pessoas de segunda classe, que a dignidade humana não é universal e não pertence a todos. Por isso seremos sempre valentes, ocupando aqui neste país lugares onde possamos fazer soar as nossa vozes e demonstrar para os insensíveis ditadores da lógica da razão, que existimos e que não vamos nos curvar diante dos obstáculos a nós impostos.

A construção de uma sociedade republicana democrática civilizada, passa pelo fortalecimento das instituições, dos movimentos sociais, da democratização dos meios de comunicação, pela defesa intransigente dos direitos de cidadania assegurados pela constituição federam de 1998, marco do nosso processo civilizatório nacional. Esta construção tem sido exercida ao longo desses 29 anos pelo movimento da Luta Antimanicomial, que sendo m movimento social, tem dado mostras objetivas de que trabalhar coletivamente, respeitar as diferenças, buscar construções diárias, inventar-se, ousar é que possibilita a construção de saídas para aquilo que nos parece muitas vezes não ter solução e tudo isso foi construído e é todos os dias por muitos, mas não podemos deixar de destacar um grane companheiro que com toda sua cabeça, inteligência, corpo, voz, potência nos ajudou a desbravar caminhos, a não se curvar diante daqueles que nos oprimem, nosso querido e saudoso Marcos Vinícius, que se fará sempre presente e que nos dizia que ele não era um mas muitos, pois cada um de nós devemos ser muitos, nessa construção cotidiana de um outro mundo possível.


ALA 3: NÃO ME PRENDA EM SEUS TRILHOS QUE SOU PASSARINHO
“Não me prenda em seus trilhos que sou passarinho”
“Liberdade, liberdade, para muitos felicidade,
para outros grande saudade
de entrar na dança, de cantar
de ser criança , de ter soado o apito,
agora escolhe tu tens o livre arbítrio”.
(Leonor – usuária CAPSi Contagem)
Não há produção na clínica psicossocial sem considerar as dimensões biológica, psíquica, social e a liberdade do sujeito. Se uma criança ou um adolescente apresenta algum grau de sofrimento não será possível entende-lo sem considerar esses
componentes significativos. A questão essencial é a garantia do direito da criança e adolescente e fortalecê-los na travessia para garantir sua liberdade. Ao falarem sobre si e ao se identificarem com suas próprias histórias, a criança e o adolescente vêem possibilidades de encontrar novos significados e novas formas de inserção na sociedade e na família.
Os maiores desafios para a área da saúde mental, sem dúvida, é a construção de uma política voltada para crianças e adolescentes que considere suas peculiaridades e necessidades, onde cada um pode mergulhar e descobrir novos sentidos e vivências, com um prazer renovado. Pois, apesar dos avanços, ainda existem lacunas na sociedade e no setor público que favorecem a criação e o fortalecimento de instituições totais que patologizam e medicalizam a singularidade do sujeito. Que continuemos nos trilhos da luta antimanicomial por uma clínica que focaliza ações e propostas terapêuticas que visem uma atenção integral e que respeita as questões de gênero, ciclos de vida, atenção a crise, reinserção familiar, social e cultural.
A animação brasileira “O menino e o mundo”, conta a história de uma criança que se lança no mundo atrás do seu pai, a travessia se dá inicialmente pelo trem, mas é necessário que ele saia desses trilhos para se aventurar pela cidade, pelo mundo.
Desejamos as nossas crianças forças para se aventurar pela vida, sem, no entanto, ficarem presas aos padrões impostos, que consigam alçar seus vôos em liberdade e segurança. Sem serem taxadas de menos do que realmente são, passarinhos livres para construir seu próprio caminho pelo imenso mundo que gira, que não pode ser contido ou medicalizado, mas segue seu caminho pelo passar das horas e dos tempos, transformando crianças e adolescentes passarinhos em adultos livres.
ALA 4 – OS DESALIENISTAS DA RESISTÊNCIA

Em 1881 o escritor brasileiro Machado de Assis publica o livro “O Alienista”. Tal livro nos conta uma pequena história de um médico que prende no hospício “Casa Verde” a maioria da população da pequena cidade de Itaguaí. Todas as falas e atitudes do doutor Simão Bacamarte eram completamente guiadas pelos valores da ciência e da razão. Assim, o Alienista do nosso grande escritor, decidido a estudar profundamente a loucura, começa a trancar no hospício “Casa Verde” todas as pessoas que não se enquadravam dentro da dita normalidade. No entanto, o parâmetro de “normalidade” do Doutor Simão Bacamarte, era totalmente sem sentido. Os diagnósticos do médico, bem como sua conduta causam espanto, medo e repúdio na cidade de Itaguaí uma vez que até os cidadãos mais estimados da cidade acabam trancados na Casa verde.
Cansados de tanto autoritarismo, esses cidadãos decidem fazer uma revolta para frear os abusos do doutor que ainda consegue reverter a situação em seu favor e convencê-los, através de sua fala sempre complexa e apoiada em conceitos e teorias científicos, de que estava correto. Quando Simão bacamarte percebe que a maior parte da cidade se encontrava internada no hospício Casa Verde, ele tranca a si mesmo para reunir em sua pessoa a teoria e prática nos estudos da loucura.
Machado de Assis ao escrever esse livro faz uma tripla reflexão em que questiona os valores científicos do século passado que chegaram no Brasil sem nenhuma crítica, ironiza a fala dos cientistas que, por vezes apenas repetem teorias e conceitos e critica o desconhecimento da população diante da ciência e da loucura. O alienista de Machado de Assis é, portanto, um alienado, pois se deixou ofuscar pelas luzes do seu tempo. Os
homens da ciência adotaram, muitas vezes, posturas exageradamente científicas, mas também demasiadamente desumanas. A história nos mostra que em nome da ciência e da razão a humanidade produziu grande atrocidades como os experimentos com bebês nos campos de concentração alemães durante o nazismo e as bombas químicas nas Guerras do Vietnã. No Brasil, a racionalidade e a ciência também geraram tristes eventos que nos fazem envergonhar. A Casa de Verde de Machado de Assis foi materializada nos diversos manicômios que retiraram e ainda retiram a liberdade de milhões de brasileiros ao longo da nossa história. O Hospital Colônia, em Barbacena, a clínica Serra Verde de Belo Horizonte e a Casa de Saúde Doutor Eiras em Paracambi, no Rio de Janeiro são apenas de alguns exemplos de uma ciência desumana, arbitrária e assassina, cujos alienistas baseavam-se nos pressupostos autoritários da razão.
No entanto, se por um lado houveram muitos alienistas mergulhados na teoria de que trancar era a suposta solução para a loucura houveram, por outro lado, muitos desalienistas que praticando uma resistência ora silenciosa e ora ruidosa, construíram pouco a pouco a liberdade que tanto nos orgulha hoje. Não foram apenas Franco Basaglia, Marcus Vinicius Oliveira Silva, Nise da Silveira que sonharam com a liberdade, mas milhares de mulheres e homens anônimos que, de modo tácito, forçaram as grades do manicômio para que hoje possamos ter uma política de saúde mental baseada na liberdade e na dignidade do cidadão com sofrimento mental. Os serviços como CAPs, Centros de Convivência, Consultório de Rua, SRTs, não nos lembram da Casa Verde de Simão Bacamarte, mas nos projetam em direção à delicadeza, beleza e alegria.
Porém, vemos nesse início de século que os alienistas batem à porta com novas roupas e novos discursos. O novo coordenador nacional de saúde mental é um desses alienistas que apenas repetem teorias, financiam novas Casas Verdes e desconsideram a autonomia do cidadão com sofrimento mental no seu tratamento. Resistir é preciso! Não mais aceitaremos falas, atitudes e condutas manicomiais na saúde. Nenhum passo atrás. Assim como a pequena cidade de Itaguaí se revoltou contra o Alienista e sua Casa Verde, nossa cidade também se organiza para resistir contra as atrocidades da ciência e sua arbitrariedade. Mas, como nossa história não é fruto de uma ficção, não nos deixemos seduzir pelas falas rebuscadas da razão. A história dos desalienistas de ontem nos inspiram para a reação de hoje. Os desalienistas do século XXI estão há mais de 90 dias no Ministério da Saúde numa sala pequena e mal iluminada para que a palavra liberdade não seja apenas uma utopia. Os desalienistas de hoje (usuários e trabalhadores) fecharam o anexo do hospital Sofia Feldman no dia 01-03-2016, dando fim a mais um vestígio de manicômio em Belo Horizonte. Os desalienistas do nosso tempo estão nos serviços tecendo cotidianamente uma política alicerçada no cuidado. Nós, os desalienistas da resistência faremos, no Dia da Luta antimanicomial, um carnaval louco e livre!

ALA 5 : MAIS SERVIÇOS PRA VOAR, MENOS GRADES PRA TRANCAR

Frente aos assombros dos gradis que ameaçam a liberdade dos usuários somos convocados a esticar a rede. Diante das complexidades das cenas de uso de drogas e das trajetórias de vida e invisibilidade dos usuários marcados por uma sucessão de violências e abandonos, precisamos de uma rede que balance e suporte o ir e vir, capturando os fios dos desejos de tantos que dançam e sofrem e cantam a liberdade das ruas, nos serviços, nos sonhos e no futuro.


ALA 6: DOM QUIXOTE DE LOS ERRANTES
O desejo latente de Chapulin Colorado: “E agora, quem poderá nos defender?” é evocado pela ala dos super-heróis no desfile do 18 de maio de 2016. Passado como passarinhos em outrora, nas comemorações da luta antimanicomial, a batalha de anos do idealizador Juliano “Batman” se desplatoniza e vira realidade-fantástica: “Todo mundo gosta de heróis! E em tempos de crise, o Brasil precisava de vários heróis” PRESENTES. Ocupando, valente(mente) a cidade, a realidade e a imagem de nossa ação no 18 de maio desse ano.
O brado retumbante de Juliano vem sustentado pela clava forte de seu Capitão Brasil e sua Pátria Amada, e claro o Batman, Jesus Cristo, dentre o vasto imaginário de heróis que nos rodeia, Super-homens, Mulheres Maravilhas, arquétipos e deidades que cumprem animada(mente) o papel simbólico e performático de nossa luta. Nesse exército se juntam heróis de várias vertentes, desde emblemáticas figuras das histórias em quadrinhos, passando pelos conhecidos “loucos” da história, Vicent Van Gogh, Francisco Goya, Camille Claudel, Antonin Artaud, Bispo do Rosário, Estamira e os usuários dos serviços, como o Homem Verde do Barreiro. A outros heróis da rede, trabalhadores que passaram, como Cezar Campos e Marcus Matraga e os passarinhos do cotidiano, como os técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras, assistentes sociais, os monitores. Junto aos grandes pensadores Michael Foucault, Sigmund Freud, Franco Basaglia, Nise da Silveira... Dom Quixote! O grande louco da literatura, que fez de seus delírios, derivados de uma experiência estética, uma romântica e heróica errância, em SER ERRANTE na convivência corajosa de tornar sua fantasia uma realidade. Totem poético de nossos enfrentamentos e aflições, desventuras e VALENTES aventuras, errantes na luta contra os erros que violam nossa liberdade. Diante de coringas que assombram nossa sociedade, inimigos no poder, fantasmas de Gotan, Brasília e Belo Horizonte's Cities.“NOSSOS HERÓIS NÃO VÃO MORRER DE OVER-DOSE! Queremos essa IDEOLOGIA para viver”.

18 de maio de 2016 - EDITAL DO CARTAZ PARA O 18 DE MAIO/2016


EDITAL DO CARTAZ PARA O 18 DE MAIO/2016
MODALIDADE: CONCORRÊNCIA
PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO
ÓRGÃO INTERESSADO: FÓRUM MINEIRO DE SAÚDE MENTAL
OBJETO: Seleção do cartaz do18 de Maio 2016 – criatividade e associação ao tema proposto para divulgação do evento e distribuição em todo o estado de Minas Gerais.
INSCRIÇÃO: O Fórum Mineiro de Saúde Mental torna público, para conhecimento dos interessados, que realizará a escolha do melhor cartaz que marcará as comemorações e atividades pelo Dia Nacional da Luta Antimanicomial -2016 e que receberá no dia 14 de abril de 2016, 5ª feira, no horário de 17:00 às 19:00hs, envelope contendo a PROPOSTA DO CARTAZ E A ARGUMENTAÇÃO SOBRE O MESMO no seguinte endereço: Rua Timbiras, 1.532- 6º andar- Conselho Regional de Psicologia- CRPMG, Belo Horizonte.
A ABERTURA DOS ENVELOPES com a PROPOSTA DO CARTAZ E A ARGUMENTAÇÃO SOBRE O MESMO para a escolha do finalista se dará na mesma data, 14 de abril de 2016, a partir de 19h10, na sede do Conselho Regional de Psicologia.
I. DO OBJETO
Constitui objeto do presente edital o convite aos interessados para a elaboração e apresentação do cartaz relativo às comemorações do 18 de Maio/2016.
II. DAS CATEGORIAS E NÚMERO DE PROPOSTAS A SEREM SELECIONADAS
2.1. Cada candidato deverá apresentar 01 (uma) proposta de cartaz compatível com o tema estabelecido.
2.2. Será escolhida uma proposta dentre os trabalhos apresentados.
2.3. Cada autor/candidato deverá entregar para a comissão organizadora, conforme as orientações de inscrição, a imagem do cartaz proposto e um pequeno texto que apresente o processo criativo e os conceitos desenvolvidos na elaboração do mesmo, argumentando deste modo os motivos que configuram a composição do trabalho inscrito.
III. DO CONTEÚDO E CRITÉRIOS:
3.1.O cartaz deverá conter:
- Título: 18 de Maio, dia Nacional da Luta Antimanicomial 2016 - Texto e imagens que representem o tema definido.
3.2. A presente seleção se organizará pelos seguintes critérios:
a) Comunicação (transmissão da idéia)
b) Coerência com o tema proposto para o desfile.
c) Criatividade.
d) Originalidade.
e) Relevância estética
IV. DO ENVELOPE PROPOSTA DO CARTAZ E ARGUMENTAÇÃO
4.1. Para efeito de inscrição, os interessados deverão comparecer ao local de inscrição escolhido, dentro do prazo previsto por este Edital, com o envelope fechado e identificado conforme as orientações a seguir:
4.1.1 o envelope com o título PROPOSTA DO CARTAZ E ARGUMENTAÇÃO contendo em sua parte externa e frontal as seguintes informações:
ENVELOPE – PROPOSTA DO CARTAZ E ARGUMENTAÇÃO
PROPONENTE: ..........................................................................
AO FÓRUM MINEIRO DE SAÚDE MENTAL
COMISSÃO ORGANIZADORA DESFILE 18 DE MAIO 2016 V- DA ARGUMENTAÇÃO:
Dezoito de Maio- Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
O Fórum Mineiro de Saúde Mental, a Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais- ASUSSAM, seus parceiros e apoiadores, escolheram uma forma de marcar essa data no calendário da cidade e realizam em Belo Horizonte o desfile/manifestação pelo fim da segregação da loucura e também em defesa da liberdade. “Por Uma Sociedade Sem Manicômios” é a insígnia que nomeia a utopia que mobiliza esse coletivo. Trata-se de uma intervenção político-cultural da qual participam os serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos de Belo Horizonte e de vários municípios do interior do Estado de Minas Gerais, como também as entidades de direitos humanos,
instituições formadoras, movimentos sociais e quantos mais se identificarem com essa causa ou essa luta. A realização desse evento começou em 1998 e num processo ascendente traz aos dias atuais os elementos que compõem a manifestação: um tema, samba de enredo, bateria, alas específicas, porta bandeira e mestre sala, rainha de bateria, trios elétricos, comissão de frente, alegria, irreverência pensamento, beleza e as imprescindíveis críticas revestidas de um senso festivo e estético. Cerca de três mil e quinhentas pessoas integram nesse dia a Escola de Samba Liberdade Ainda que Tam Tam, um coletivo que ao longo do ano trabalha na perspectiva das intervenções na cultura de exclusão da loucura, sustentando o pensar político por uma sociedade de direitos e oportunidades para todos, indistintamente.
O tema central e as alas deste desfile de 2016 estão disponibilizados como anexo intitulado “Tema Central e Alas (ementas provisórias)”, no e-mail enviado pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental.
VI- DA PREMIAÇÃO:
O autor do cartaz escolhido receberá R$ 800,00 (Oitocentos reais) pelo layout aprovado e pela arte final para impressão.
VII- Os casos omissos nesse edital serão resolvidos pela Comissão Organizadora.
VIII- Caso nenhuma das propostas apresentadas atenda aos critérios de forma satisfatória, ficará a cargo da comissão organizadora a responsabilidade de buscar solução.
IX- A devolução do resultado será realizada pela organização do evento no dia 15 de abril.
Belo Horizonte, 30 de Março de 2016
COMISSÃO ORGANIZADORA DO DESFILE DO 18 DE MAIO 2016